No Século 19, a vida no era tranquila no Brás. No espaço do hoje concorrido Largo da Concórdia, uma chácara cercada por natureza dava o tom ao vilarejo. Naquela época, predominavam os hábitos da calma vida rural. Os moradores acordavam cedo para tomar conta dos animais e da plantação. Quem poderia imaginar que, anos mais tarde, o local se transformaria em um pólo de moda nacional ?
Pioneiro na região, o português José Brás é um personagem importante na historia do bairro. Em 1803, ele ergueu em seu sítio a capela de Bom Jesus do Brás, na Avenida Rangel Pestana. Ao Redor da antiga capela, formou-se um vilarejo, com um número cada vez maior de moradores.
Desde então, o Brás tornou-se um dos bairros da capital paulista que recebiam inúmeros imigrantes europeus. A maior parte formada por italianos, que desembarcavam nas estações de trem Norte e Roosevelt. O primeiro endereço daquele povo alegre e festeiro era a Hospedaria dos Imigrantes, que ficava na Rua Visconde de Parnaíba, onde permaneciam por oito dias até conseguir um emprego.
Muitos imigrantes se estabeleciam nas ruas proximas à hospedaria, e alguns deles "fizeram a vida" trabalhando nas fábricas de tecidos (um dos negócios mais prósperos naquela época), e depois montavam pequenos comércios.
Além dos italianos, os gregos e libaneses têm um papel importante no desenvolvimento da região. Os nordestinos chegaram a São Paulo entre as décadas dfe 1940 e 1950, em busca de oportunidades.
Esse povo com sotaque diferenciado se concentrou na Avenida Rangel Pestana, onde comercializava artigos variados a preços baixos.
O desenvolvimento era inevitável, e a construção do metrô na década de 1970 modificou a paisagem do bairro. Mais de 900 imóveis foram demolidos, e, posteriormente, surgiram vários prédios ao longo da linha do metrô. O comércio tomou a forma atual a partir dos anos 1970, quando o ramo de confecção despontou na região.
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